Embora não seja a primeira vez que a China proíbe as negociações com criptomoedas, a notícia pegou os investidores de surpresa e o preço do Bitcoin caiu quase 30% após o anúncio da proibição, feito na última quarta-feira (19). Enquanto o Ether caiu cerca de 45%. Com isso, o Bitcoin chegou a valer US$ 30.066 e o Ether US$ 1.850, menor valor desde o início do ano. Lembrando que em fevereiro de 2021 o Bitcoin estava cotado a US$ 64.829. Com a volatilidade do Bitcoin diversas corretoras ficaram fora do ar. Usuários das exchanges Coinbase, Gemini e Binance relataram instabilidades e quedas temporárias ao tentar acessar os aplicativos. No Brasil, o mercado de criptomoedas movimentou ontem cerca de R$ 1 bilhão. A corretora brasileira Mercado Bitcoin registrou uma alta de 15% nas movimentações. Enquanto a exchange international Binance teve queda de 50% nas negociações.
Bitcoin despenca em meio a ameaças de reguladores e preocupação ambiental
Apesar de não terem proibido as transações com criptomoedas, reguladores da Europa e Estados Unidos também estão pedindo cautela aos investidores. Inclusive, o governo norte-americano tem planos para regulamentar o Bitcoin no país, em breve. De acordo com os analistas, além da pressão dos reguladores, a decisão de Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, de suspender as vendas de carros elétricos da Tesla usando Bitcoin como forma de pagamento também agravou a queda. Na ocasião, Elon Musk afirmou que a motivação para suspender o uso da criptomoeda era pelo impacto ambiental causado pelo processo de mineração do Bitcoin, mas analistas alertam sobre o poder de manipulação do bilionário sobre as criptomoedas. Para minerar qualquer moeda digital é preciso manter computadores ligados na eletricidade, basicamente 24 horas por dia, e como boa parte da energia elétrica usada no mundo provém da queima de combustíveis fósseis, o processo de mineração acaba gerando mais emissões de CO2 na atmosfera. Segundo Musk, esse foi o ponto crucial para suspender as transações com Bitcoin. Fonte: Reuters; CNBC; O Globo