As empresas selecionadas para o programa são: a Blue Origin, de Jeff Bezos, que recebeu US$ 130 milhões; a Nanoracks, que levará US$ 160 milhões; e a Northrop Grumman, gigante do setor de defesa dos EUA, que terá à disposição US$ 125,5 milhões. Uma quarta empresa, a Axiom Space, já havia recebido um contrato similar de US$ 140 milhões anteriormente. No total, 11 empresas enviaram propostas para a agência espacial. “Com as empresas comerciais agora já fornecendo transporte para a órbita baixa da Terra, estamos fazendo parceria com empresas dos EUA para desenvolver os destinos espaciais onde as pessoas possam visitar, viver e trabalhar, permitindo que a NASA continue forjando uma rota no espaço para o benefício da humanidade, ao mesmo tempo fomentando a atividade comercial no espaço,” disse Bill Nelson, administrador da NASA. Essa fase de contratos é a primeira em uma abordagem de duas etapas para garantir uma transição ininterrupta de atividades da Estação Espacial Internacional para destinos comerciais. Neste primeiro momento, as empresas, sob coordenação da NASA, farão os projetos de destinos espaciais adequados para as necessidades potenciais do governo e do setor privado.   “Estes contratos nos ajudarão a garantir que os Estados Unidos mantenham uma presença humana contínua” na órbita baixa terrestre, disse Phil McAlister, diretor de voo comercial da NASA. Esta primeira fase deve continuar até 2025, provavelmente com novos aportes de recursos para as empresas no decorrer do tempo. Já na segunda fase, que deve ser iniciada a partir de 2026, a NASA irá certificar as estações destas e outras empresas em potencial para uso por seus astronautas e comprar serviços de provedores comerciais, quando disponíveis.

As estações espaciais propostas

Orbital Reef

Desenvolvida pela Blue Origin e a Sierra Space, a Orbital Reef (Coral Orbital) traz em seu conceito ser um espaço mais voltado para pesquisas cientificas, mas também para clientes industriais e comerciais. A Orbital Reef se inspira exatamente no mesmo tamanho da ISS (916 metros cúbicos), mas com uma capacidade de abrigar até 10 pessoas simultaneamente e com áreas para lazer e condução da ciência. A arquitetura da estação foi projetada para ser um “parque de negócios espaciais de uso misto”, que fornecerá a infraestrutura necessária para suportar todos os tipos de atividade de voo espacial humano em órbita baixa da Terra, podendo ser ampliada para atender a novos mercados. A ideia é que ela orbite a Terra e comece a ser operada até a segunda metade desta década.

Starlab

Já a Nanoracks propõe a Starlab, que tem lançamento previsto para 2027. Com a participação da Voyager Space e da Lockheed Martin, a Starlab será uma estação espacial com tripulação contínua, dedicada a conduzir pesquisas e fomentar a atividade industrial. A estação consistirá em um módulo inflável anexado de um lado e, do outro, uma nave para fornecer a energia e propulsão. Ela terá uma capacidade de abrigar até quatro pessoas ao mesmo tempo, num espaço de 340 metros cúbicos O primeiro parque científico espacial terá o nome de George Washington Carver Science Park e contará inicialmente com quatro laboratórios principais: um de biologia, um segundo de habitação, um outro laboratório de ciências físicas e novos materiais e uma área de bancada aberta, para atender às necessidades apresentadas pelo mercado.

Estação espacial da Northrop Grumman – ainda sem nome

A proposta da Northrop Grumman é a mais similar à atual ISS: uma estação modular baseada nas décadas de experiência acumulada com a participação em projetos comerciais, da NASA e de agências de defesa. Ela aparenta ser a estação mais voltada para defesa, atendendo ao governo, mas também contará com laboratórios a serem alugados para clientes comerciais. O projeto aproveita alguns elementos já prontos, como a espaçonave Cygnus, modelo capaz de levar cargas para a Estação Espacial Internacional. Uma Cygnus funcionará como módulo básico para ampliação de capacidades, que incluirão ciência, turismo, experimentação industrial e a “outras infraestruturas”.

Veja também:

No início de novembro, a NASA anunciou que iria adiar o pouso na lua programado para acontecer em 2024. Agora, o feito que faz parte do programa Artemis só deve acontecer depois de 2025. Fontes: NASA, The Verge.

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